Muito pasto, pouco rastro
A célebre frase do Monge João Maria, sobre a chegada de "tempos de muito pasto e pouco rastro" se referia ao esvaziamento da vila de Curitibanos, em que o mato cresceria sobre os caminhos e casebres. Também se pode pensar no esvaziamento do sertão, visto cada vez com mais frequência com os fluxos migratórios do Oeste para o litoral. Mas nos últimos tempos a frase ecoa mais ao se pensar nas questões de mobilidade reduzida e nas dificuldades de acesso que inúmeros brasileiros enfrentam diariamente.
São tempos de pouco rastro, em que impera um senso de imobilidade, mesmo que as lutas continuem, mesmo que a vida siga. É um tempo em que lutamos para vencer o pasto e extrair o melhor das situações durante a escassez. Por isso trazemos uma edição falando sobre as formas de evitar o desperdício de alimentos, aproveitar melhor tudo aquilo que está disponível (quando está) e ter novas ideias para não perder produtos e nutrientes.
Outras matérias abordam os reflexos da Covid-19 no corpo depois da infecção, cuidados com os cabelos, perigos da manutenção elétrica, incentivo ao esporte e uma comparação entre o ecommerce e o marketplace, e muito mais. Nas editorias fixas, apresentamos a trajetória empresa Superbat, o emocionante livro de Mara Caldart e a dedicação de João Mateus Biasi aos bonsais. Os colunistas Antonio Carlos Bolinha Pereira e Andreia Baldissera falam sobre o carnaval e os benefícios de brincar na chuva.
Boa leitura